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jueves, 1 de abril de 2010

UM DEUS DE JOELHOS (É de joelhos quando se é maior) enviado pela irma Liduina

Custa-me a suportar que alguém se abaixe, se humilhe diante de mim: isso me confunde porque, imediatamente, sinto toda a minha pequenez. Prefiro antes dar que receber. Aceitar o dom gratuito do outro é também tornar-me devedor ante ele, e é ainda um recordar a minha fragilidade. Mas esta tarde, Senhor, tu ajoelhas-te, humilhas-te diante de mim. Sem uma palavra, vens lavar-me os pés, e não apenas os pés, mas o coração e o espírito, a minha vida e a minha pessoa. E é disto apenas que eu quero viver: do dom total que me faz de si próprio, um Deus de Amor, de perdão e de paz que se ajoelha e se abaixa diante de mim. Tu dizes: quando fizeres pelos outros o que acabo de fazer esta tarde por ti, compreenderás: viver não é dar o bem pelo bem e o mal pelo mal, mas partilhar aquilo que recebemos gratuitamente, por amor, sem cálculos nem reservas. E é de joelhos quando se é maior.

Fonte: Caminhos de Páscoa

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