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miércoles, 27 de octubre de 2010

As muralhas do Coração

Jericó tornou-se famosa pelo fato da destruição de suas muralhas, não pela força das armas, mas pela intervenção de Deus. é nesta cidade que outro tipo de muralha vem abaixo, como nos relata Lucas (19,1-10).

É o que aconteceu com Zaqueu que queria ver Jesus. Como era pequeno de estatura, para poder ver Jesus, que estava cercado por uma grande multidão, subiu num sicômoro. As palavras de Jesus fizeram com que as muralhas da resistência, no coração de Zaqueu, viessem abaixo: “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa”. Prossegue o relato: “Ele desceu depressa, e recebeu Jesus com alegria.”

A alegria de Zaqueu em acolher tem uma explicação. Tudo começa com o seu interesse em ver Jesus. Mas, na realidade, é o Mestre quem quer encontrar-se com aquele que o hospeda com tanta alegria. Pois “o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido.”

A troca de olhares domina a cena: Zaqueu quer ver, mas o olhar de Jesus é que é decisivo. A sua iniciativa de subir numa árvore não teria consequências se Jesus não o tivesse acolhido. Deste modo, o breve encontro não termina ali. Repercute na vida de Zaqueu; “Senhor, eu dou a metade dos meus bens aos pobres, e se defraudei alguém, vou devolver quatro vezes mais.”

O evangelista evoca o conceito que a multidão tinha a respeito de Zaqueu, “chefe dos cobradores de impostos e muito rico”. E por isso reprova a atitude de Jesus: “Ele foi hospedar-se na casa de um grande pecador.”

Zaqueu tinha necessidade de um olhar diferente daquele da sua gente. Um olhar penetrante, acompanhado de palavras, que iria transformar o seu coração e mudar a sua vida: “Hoje a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é filho de Abraão.”

Dom Joviano de Lima Júnior, sss
Arcebispo de Ribeirão Preto

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