O Papa compartilhou esta inquietude com os 230 participantes, procedentes de 85 países, no congresso mundial da imprensa católica, a quem recebeu em audiência, ao concluir este evento convocado pelo Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais.
“Os cristãos não podem ignorar a crise de fé que chegou à sociedade. Ou simplesmente confiar em que o patrimônio dos valores transmitido ao longo dos séculos passados possa seguir inspirando e moldando o futuro da família humana”, assegurou o bispo de Roma.
“Parece evidente que o desafio comunicativo é, para a Igreja e para quantos partilham sua missão, muito comprometido. Os cristãos não podem ignorar a crise de fé que chegou à sociedade”, assegurou na Sala Clementina do Palácio Apostólico Vaticano.
“A ideia de viver ‘como se Deus não existisse’ se demonstrou mortífera – acrescentou o Papa –: o mundo necessita de viver ‘como se Deus existisse’, ainda que não tenha a força de crer, ou, do contrário, se produz apenas um ‘humanismo inumano’”.
Neste contexto, “a busca da verdade deve ser perseguida pelos jornalistas católicos com mente e coração apaixonados, mas também com o profissionalismo de operadores competentes e dotados de meios adequados e eficazes”.
Em sua análise do desafio comunicativo que se impõe hoje à Igreja, o pontífice constatou que antes de tudo está “o risco da indiferença pela verdade”.
“De fato, as novas tecnologias, junto com os progressos que trazem, podem fazer intercambiável o verdadeiro e o falso, podem induzir a confundir o real com o virtual.”
“Ademais, a gravação de um acontecimento, alegre ou triste, pode ser consumida como espetáculo e não como ocasião de reflexão.”
“A busca dos caminhos para uma autêntica promoção do homem passa então ao segundo plano, porque o acontecimento é apresentado principalmente para suscitar emoções.”
Para o Papa, “estes aspectos soam como sinal de alarme: convidam a considerar o perigo de que o virtual afaste da realidade e não estimule a busca do verdadeiro, da verdade”.
Nas palavras de saudação que dirigiu durante a audiência ao Papa, o arcebispo Claudio Maria Celli, presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, reconheceu que para os jornalistas católicos “não faltam dificuldades, tensões no trabalho cotidiano”.
“Em um contexto de ‘ditadura do relativismo’, em uma ‘época de paixões tristes’, onde é problemático encontrar uma resposta para a profunda busca de infinito, de um sentido da vida, temos necessidade de seu magistério”, disse, dirigindo-se ao pontífice.
Fonte: ZENIT
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