O sacerdote, em seu ministério, deriva a própria força do sacrifício de Cristo, e por isso deve enraizar toda a sua vida na Eucaristia, ajudando também os fiéis a viverem-na plenamente.
Foi o que disse nesta sexta-feira o padre Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia, por ocasião da segunda pregação de Quaresma realizada na Capela Redemptoris Mater do Palácio Apostólico, na presença do Papa e da Cúria Romana.
O sacerdócio cristão, afirmou o frade capuchinho, “não pode ser explicado a não ser em dependência e como participação sacramental no sacerdócio de Cristo”: “A oferenda do sacerdote e de toda a Igreja, sem aquela de Jesus, não seria nem santa, nem agradável a Deus, porque somos criaturas pecadoras”. “Mas a oferenda de Jesus, sem aquela de seu corpo que é a Igreja, seria também incompleta e insuficiente”.
Jesus, quando disse “Tomai meu corpo”, ofereceu sua vida concreta – “oferecer o corpo significa oferecer o tempo, os recursos físicos, mentais, um sorriso, típico de um espírito que vive em um corpo; oferecer o sangue é oferecer a morte”. A Eucaristia é a semente da vida e da morte de Jesus.
Por isso, convidou a também oferecer, além da própria vida, também nossas mortificações: “as doenças, a passividade, tudo o que é negativo na vida”. “Todo o dia, não apenas o momento da celebração é uma eucaristia”.
Referindo-se à relação do trabalhador com seu trabalho, afirmou: “ensinemos o trabalhador cristão a oferecer, na Missa, seu corpo e seu sangue, isto é, seu tempo, seu suor, sua fadiga. Assim, o trabalho não será algo alienante e passará a ser santificante”.
Em um mundo onde o corpo é tratado como “um instrumento de prazer e desfrute”, “algo a ser vendido, espremido enquanto ainda é jovem e atraente, para depois ser descartado”, o sacerdote pode ensinar os jovens a não oferecerem o corpo como “artigo de consumo”: “ensinemos os jovens cristãos a dizerem, no momento da consagração: ‘Tomai e comei, este é meu corpo, que será entregue por vós’. O corpo, assim, passa a ser consagrado, torna-se algo sagrado”.
Fonte: ZENIT
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