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viernes, 30 de julio de 2010

A FOME E A SEDE DA HUMANIDADE, UM DESAFIO ONDE EYMARD CONCRETIZA SEU AMOR E CONSOME SUA VIDA


Por: Epiane Evangelista e Liduina Araujo

Meditemos:
Pe. Eymard foi um homem que percebeu profundamente as transformações pelas quais atravessou a Europa do século XIX. Através de sua própria experiência pastoral, conheceu a industrialização, o êxodo do campo para a cidade, o aparecimento, em Paris, dos primeiros bairros operários em condições de extrema miséria, os conflitos sociais e o seu resultado: a desumanização do homem.

Partindo da Eucaristia como sacramento do amor universal, ele procurou concretizar esta “força de renovação” (cf. RV 33) em iniciativas de promoção social.
A coincidência desse compromisso social com o difícil começo de sua congregação exige-lhe um investimento considerável de suas pobres forças físicas, o que certamente contribuiu para a sua morte prematura. Mas ele não se poupa. Sua vida e sua morte são como uma participação na construção do Reino, na libertação da humanidade, no dom do Cristo na Eucaristia.

Escreveu Pe. Eymard: Eu refleti frequentemente sobre os remédios para esta indiferença universal que se apodera de uma maneira assustadora de tantos católicos e eu não encontro senão um: a Eucaristia, o amor a Jesus eucarístico. A perda da fé vem inicialmente da perda do amor; as trevas, da perda da luz; o frio glacial, da morte, da ausência do fogo. Ah! Jesus não disse: “Eu vim trazer a revelação dos mais sublimes mistérios”, mas: “ Eu vim trazer o fogo sobre a terra, e todo o meu desejo é que ele já estivesse acesso” (Lc 12, 49) - (Carta à Senhora Tholin-Bost, 22 de outubro de 1851).

Eu sou um pouco seu capelão, pelo menos daqueles que estão a bordo do navio O Generoso, o comandante é pai de um de nossos alunos. Eu vou domingo aí dizer missa, pregar e visitar esses pobres infelizes no número de 300. Há muitos arrependidos. Eu passeio no meio deles, eles me cercam e nós conversamos. Mas infelizmente! Quanta tristeza de se dizer: há aí assassinos, perjuros, homens de sangue. Oh! os chefes e os grandes chefes são bem culpados de ter abusado deste povo ignorante e impetuoso do Sul, atrasado de três séculos dos homens do Norte, como eles nos chamam. Depois eu vou ao presídio de tempo em tempo, mas somente para gemer sobre estes infelizes, sobre estes quatro mil condenados de todas as classes da sociedade, revestidos deste hediondo costume e arrastando esta pesada e longa corrente. Como Toulon é triste! Eu volto sempre esgotado de tristeza. (Carta à Madame Adèle Revel de Nesc – 24 de fevereiro de 1852).

A ação de pe. Eymard nasceu da visão da realidade, que o levou a compadecer-se, isto é, sentir junto com o povo, marginalizado, cansado e abatido. Meditemos, dialogando com o Senhor.
·Quais são as fomes e as sedes existenciais dos homens e das mulheres dos nossos dias?
·Como responder de maneira criativa a estas fomes “a partir das riquezas do amor de Deus manifestadas na Eucaristia”
·Qual o aspecto ou elemento no exemplo dado pelo Pare Eymard o inspira mais a esse respeito?

Deus de nossos pais, tu conduziste São Pedro Julião Eymard, sob a inspiração de teu Espírito, a descobrir na Eucaristia o dom do amor de teu Filho oferecido para saciar a fome da humanidade. Concede-nos, a seu exemplo, celebrar dignamente este mistério, interiorizá-lo na adoração e vivê-lo em plenitude, testemunhando a caridade no meio dos irmãos e irmãs. Por Cristo Nosso Senhor.

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