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miércoles, 14 de julio de 2010

No contexto das celebrações do bicentenário da independência da Colômbia – 20 de julho –, 78 bispos colombianos se reuniram na semana passada em Assembleia Plenária, onde foi discutido o tema “A missão evangelizadora da Igreja na construção da sociedade, a dois séculos do nascimento da nação”.

Os prelados debateram também alguns problemas que deverão ser enfrentados pelo presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, que tomará posse de seu cargo a 7 de agosto.

Pobreza, desemprego e violência foram alguns dos temas analisados pelos bispos na reunião.
“Vivemos em um país imensamente rico, mas a metade da população vive na pobreza”, disse o presidente da Conferência Episcopal Colombiana e arcebispo de Barranquilha, Dom Rubén Salazar Gómez. “Hoje é necessário revisar as políticas contra a pobreza, conscientes do fato de que estamos frente a um processo endêmico muito complexo”, disse.

Por sua vez, o secretário da Conferência Episcopal, Dom Juan Vicente Córdoba, bispo auxiliar de Bucaramanga, disse que é necessário superar “a brecha entre ricos e pobres” e agradeceu a Igreja por ser “uma força crítica que olha o futuro com esperança”.

“Refletir, orar e dar graças a Deus por estes 200 anos. Continuar nos projetando para o futuro, sempre a serviço de nosso povo, porque essa é nossa missão”, disse o prelado em declarações à imprensa.

Pedofilia: tolerância zero
Quanto ao tema dos abusos sexuais a menores da parte de alguns sacerdotes, diante de uma pergunta de um jornalista, Dom Salazar Gómez disse que a Igreja na Colômbia “fará tudo e mais um pouco para evitar que isso se repita”. Dessa forma, manifestou sua comunhão com o Papa Bento XVI no tema da prevenção e da denúncia destes casos.

“Hoje há uma mentalidade muito clara de que não se pode esconder nada. Portanto, não se pode ignorar a existência destes casos”, afirmou. “Por parte da Igreja, não há nenhuma conivência com estes crimes, pelo contrário, há uma condenação absoluta dos praticantes”, garantiu o prelado.

Mediadores
Os bispos também discutiram o tema dos esforços a favor da pacificação, em particular com os grupos armados. Disseram que foi necessário “suspender” os diálogos com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), até a posse do presidente eleito.

“Estamos esperando a chegada do novo governo para que – se nos pedir – sejamos facilitadores” do diálogo, disse Dom Salazar Gómez.

Por sua parte, o bispo da diocese de Magangue, norte da Colômbia, Dom Leonardo Gómez Serna, disse que “não nos resignamos com a guerra porque esta guerra é absurda, e esperamos que o novo governo abra caminhos de Paz”.

Um dos pontos que a Igreja irá propor ao novo governo, e que foi analisado na atual assembleia, é a revisão das políticas para os agricultores, que, segundo Dom Córdoba, não contam com subsídios nem apoio governamental para se desenvolver. “Deve existir um novo direcionamento agricultor não só na posse de terras, mas em subsídios da parte do Governo, para que mais agricultores possam aparecer”, disse o prelado.

O presidente da Colômbia que está deixando seu cargo, Álvaro Uribez, em uma visita que realizou a esta reunião, agradeceu a Igreja pelo desempenho de sua missão e pelo trabalho social no país. O episcopado lhe entregou uma série de três livros que representam aspectos centrais relacionados com a realidade da Colômbia, trabalhados durante as últimas assembleias de bispos.

Fuente: ZENIT

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