lunes, 20 de diciembre de 2010
Uma prece ao coração
Meditando
Desejaria comemorar alguma circunstância que ainda não foi possível? Por quê?
Que tal deixar registrado por escrito suas experiências de fim de ano e convertê-las em uma grata oração diante do Senhor?
domingo, 19 de diciembre de 2010
lunes, 13 de diciembre de 2010
martes, 7 de diciembre de 2010
viernes, 3 de diciembre de 2010
Celebrai!
viernes, 26 de noviembre de 2010
miércoles, 24 de noviembre de 2010
Província de Santa Cruz
Superior Provincial
Buenos Aires, 24 de Novembro de 2010
Religiosos Sacramentinos
Religiosas e Leigos/as Sacramentinos
Província de Santa Cruz, Brasil
Estimados Irmãos/as:
Iniciamos no dia 22 ultimo o primeiro dia, na Basílica do Ssmo. Sacramento, em Buenos Aires, o XIX Capitulo da Província de Imaculada (Argentina-Chile).
Como família latino-americana partilhamos a vida, sonhos e fragilidades. O Senhor eucarístico nos guia e nos inspira no nosso caminho.
E, nesse caminho de unidade, os Religiosos Sacramentinos de Argentina-Chile assumiram o grande desafio da unificação. Que isso significa?
A unificação é um tema de dialogo de muito tempo entre Brasil e Argentina-Chile. O objetivo é unir-se para ser mais forte. Ser uma só Província com as forças da Família Sacramentina do Brasil, Argentina e Chile.
Em Capitulo, os religiosos de Imaculada aprovaram o caminho e, agora, iniciaremos a agenda da Unificação.
O mesmo capitulo de Argentina e Chile já elegeu seu Governo para o processo de unificação: P. Provincial: Julían Acevedo, sss; Conselheiros: Leopoldo e Daniel; e Ecônomo: Carlos Gerk.
Hoje seguimos com o planejamento da Província Imaculada, e continuarei partilhando nosso caminho de Sacramentinos em América Latina.
Que venha o reino eucarístico,
P. Francisco Junior DeOliveira Marques, sss
Superior Provincial
domingo, 21 de noviembre de 2010
Dia Nacional dos Leigos
jueves, 18 de noviembre de 2010
miércoles, 17 de noviembre de 2010
Santa Sé anuncia criação de novo site
O anúncio foi feito durante a conferência de imprensa de lançamento da nova unidade de TV de alta definição do Centro Televisivo Vaticano.
Papa constata “primavera eucarística” na Igreja
Bento XVI constatou que muitas pessoas "dedicam seu tempo a estar diante do Tabernáculo, silenciosas, para desfrutar de um diálogo de amor com Jesus! É consolador saber que muitos grupos de jovens redescobriram a beleza de rezar em adoração diante da Santíssima Eucaristia".
Diante dos milhares de peregrinos reunidos na praça, o Papa falou sobre outra mulher da Idade Média, Santa Juliana de Cornillon, mística e impulsora da festa de Corpus Christi em toda a Igreja, conhecida também como Juliana de Lieja, que viveu na Bélgica no século XIII.
Juliana ficou órfã aos 5 anos e foi acolhida em um convento de religiosas agostinianas, onde mais tarde vestiu o hábito. "Além de uma inteligência vivaz, Juliana mostrava, desde o começo, uma propensão particular à contemplação; tinha um sentido profundo da presença de Cristo, que experimentava vivendo de maneira particularmente intensa o sacramento da Eucaristia", explicou o Papa. Desde muito jovem, teve uma visão na qual a lua aparecia em seu pleno esplendor, com uma faixa escura que a atravessava diametralmente.
Nove anos depois, o Papa Urbano IV, que havia conhecido Juliana pessoalmente, instituiu a solenidade de Corpus Christi como festa de preceito para a Igreja universal, na quinta-feira depois de Pentecostes.
domingo, 14 de noviembre de 2010
Congressos eucarísticos, contribuição para nova evangelização
jueves, 11 de noviembre de 2010
Viviane
martes, 9 de noviembre de 2010
Em Bogotá, uma experiência real
Seria para permanecer somente por uma semana, mas achei por bem ficar até o encerramento das atividades do ano. Escrevo a todos os que têm esta oportunidade de fazer a leitura neste blog.
Minha experiência pessoal na casa do Escolasticado me faz uma pessoa agraciada, de maneira a compreender melhor a vontade de Deus dentro de uma inculturação forçada, considerando despreparado por não ter estudado a língua hispânica, somente encorajado pelo padre Júnior, SSS que me dirigiu este convite para estar aqui como SSS a caminho. Tendo somente a Eucaristia como alimento na caminhada de missão, posso dizer que ser irmão, na América Latina, é conhecer, sentir e estar em família sacramentina.
Destaco também a maneira simples e bela do acolhimento de padre Álvaro, SSS e dos irmãos que já os conhecia do tempo em que estiveram no Brasil para o Noviciado. Motivaram-me e continua motivando, a pronunciar o espanhol nas celebrações, desde o primeiro dia em que aqui cheguei. O clima da região é saudável, faz bem a saúde, os que adaptam ao frio das montanhas, a alimentação variável de frutas típicas, como o tomate de árvore (suco) e amora.
Bem, entre tantas coisas que me leva agradecer a Deus por este quase dois meses de minha experiência Latino-americana, digo a todos que vale a pena viver como irmãos.
Padre João Batista Lopes, SSS
sábado, 6 de noviembre de 2010
Ordenação Diaconal
Juntamente com a Família Souza e Silva e a Família Sacramentina, quero bendizer a Deus por este dom. Convido a você e a sua família (comunidade) para participar da Celebração Eucarística na qual serei ordenado diácono.
Pela imposição das mãos e pela Oração Consecratória de Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, colocar-me-ei a serviço da Igreja.
Peço suas orações a fim de que Deus jamais deixe de me sustentar com a sua graça e força presentes na Palavra, na Eucaristia e na vida do Povo de Deus, para que eu possa realizar a sua vontade em minha vida.
Ir. Marcelo Carlos da Silva, sss
Oração da Manhã (Laudes solene): 08h30
Ordenação Diaconal: 09h
Local: Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem
Belo Horizonte – MG.
Rua Sergipe, 175 - Bairro Funcionários
CEP.: 30130-170 Belo Horizonte – MG
Tel.: 031 3222 2191 ou 3222 2361.
Obs.: Aos que forem se hospedar em nossa casa, favor confirmar a presença até 26 de novembro.
Sejam bem-vindos e sintam-se em casa!
Cel.: 031 8423 4667 (Ir. Marcelo);
Email: marcellosssbrasil@yahoo.com.br
Congregação do Santíssimo Sacramento
Província de Santa Cruz – Brasil
www.sacramentinos.com.br
jueves, 4 de noviembre de 2010
URGENTE SE FAZ
Urgente se faz afagar a vida ferida como está.
Cantar alguma canção, cantiga simples de consolar e refazer
a chama que no peito do povo tem sede de gás.
Cantar pro vento levar, pra noite guardar,
pra ninar o sono e acordar o sonho.
Urgente se faz afagar a vida ferida como está.
Convocar os poetas do pão e das cores,
da palavra nova e das canções de rebeldia.
Todos em assembléia permanente,
até destrancar a porta e deixar escancarada a saída
que, numa noite qualquer, encontramos fechada.
Deixe passar toda fúria e toda ira reprimida...
Deixe sair e escorrer toda lágrima
que no ódio das derrotas impostas engolimos.
Urgente se faz afagar a vida ferida como está.
Chamar quem se escondeu, lembrar a quem esqueceu
e, até dar uma nova chance a mais a quem negou.
Só aos traidores será negado ver a síntese acontecer, a vida reviver...
Urgente se faz”.
Zé Vicente
martes, 2 de noviembre de 2010
miércoles, 27 de octubre de 2010
As muralhas do Coração
A alegria de Zaqueu em acolher tem uma explicação. Tudo começa com o seu interesse em ver Jesus. Mas, na realidade, é o Mestre quem quer encontrar-se com aquele que o hospeda com tanta alegria. Pois “o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido.”
O evangelista evoca o conceito que a multidão tinha a respeito de Zaqueu, “chefe dos cobradores de impostos e muito rico”. E por isso reprova a atitude de Jesus: “Ele foi hospedar-se na casa de um grande pecador.”
Zaqueu tinha necessidade de um olhar diferente daquele da sua gente. Um olhar penetrante, acompanhado de palavras, que iria transformar o seu coração e mudar a sua vida: “Hoje a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é filho de Abraão.”
Cardeal Geraldo Majella anuncia a beatificação de irmã Dulce
lunes, 25 de octubre de 2010
Em vigor o Estatuto da Igualdade Racial
Cresce interesse pelos santos, diz porta-voz vaticano
Os santos voltaram a estar na moda, afirma o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, ao constatar a extraordinária participação nas últimas canonizações presididas por Bento XVI.
Essas canonizações “foram um tanto particulares. Sobretudo dois destes novos santos mobilizaram um interesse muito especial em seus países”. O porta-voz refere-se à australiana Mary MacKillop e ao canadense André Bessette.
“Os outros santos e santas eram italianos, espanhóis e poloneses e, portanto, apesar de sua grandeza, não eram uma novidade absoluta. Mas a Austrália ainda não tinha uma santa e o Canadá tinha uma menor familiaridade com as canonizações”.
“Grupos de milhares de peregrinos enfrentaram viagens muito longas e dispendiosas para estar presentes na Praça de São Pedro; muitos jornalistas e equipes de televisão vieram a Roma para escrever artigos, fazer reportagens, entrevistas, transmissões ao vivo sobre a cerimônia e as outras celebrações”, recorda o padre Lombardi.
“Normalmente os meios de comunicação movem-se quando entendem que há um interesse popular amplo e difundido”, recorda.
“A Igreja propõe solenemente nos santos os modelos de vida cristã, mas o faz reconhecendo aquilo que o povo já entendeu: que certas pessoas encarnam o Evangelho de forma extraordinária, e assim se convertem para aqueles que os descobrem em amigos espirituais, fantásticos guias para chegar ao amor de Deus, à fé, à esperança.”
“Alguns santos são reconhecidos solenemente; a grande maioria não se faz universalmente famosa, mas difunde igualmente ao ser redor esperança e amor. Esta é a face mais bela da Igreja”, afirma.
viernes, 22 de octubre de 2010
Brasil: Não há divisão na Igreja por causa das eleições
Dom Geraldo Lyrio falou aos jornalistas nessa quinta-feira, em coletiva de imprensa em Brasília, no encerramento da reunião do Conselho Permanente da CNBB.
Ao destacar que o clima da reunião desta semana entre os bispos dirigentes da CNBB foi “muito sereno”, o prelado afirmou: “não há um ‘racha’ na Igreja por causa do momento político”.
“As decisões mais importantes do Conselho Permanente não estão tendo divisões e distanciamentos. Isso prova que não há racha nenhum”, disse, segundo informa a assessoria de imprensa da CNBB.
O presidente da CNBB considera normal que haja divergências em uma Conferência episcopal como a brasileira, que tem quase 450 bispos. “Em um clima de liberdade que a Igreja procura cultivar, é perfeitamente compreensível que aqui ou ali alguém dê acentuação maior num aspecto e noutro. Não é porque eu discordei de você que eu devo interpretar que está havendo um racha”, disse.
Mesmo que tenha havido uma acentuação maior nas discussões ao redor do tema do aborto, o prelado afirma que “o estranho seria se nós chegássemos ao final do segundo turno sem que assuntos dessa gravidade tivessem entrado em pauta”.
Sobre a manifestação do bispo de Guarulhos (São Paulo), Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, que orientou os católicos de sua diocese a não darem o voto à candidata Dilma Rousseff, Dom Geraldo Lyrio afirmou que cada bispo, na sua diocese, tem o direito de se manifestar conforme sua competência de pastor.
“Tenho uma admiração muito grande por Dom Luiz Gonzaga Bergonzini e os seus procedimentos estão dentro daquilo que a Igreja espera. Ele, dentro da sua competência de pastor, tem o direito e até o dever de, segundo sua consciência, orientar seus fiéis do modo que julga mais eficaz e mais conveniente.”
“Ele está no exercício de seus direitos como bispo diocesano de Guarulhos e cada instância fala só para o âmbito de sua competência, tanto que ele não se dirigiu à nação brasileira. Este procedimento está absolutamente dentro da normalidade no modo como as coisas da Igreja se encaminham”, afirmou Dom Geraldo.
O arcebispo recordou também que não cabe à CNBB repreender nenhum bispo. “Acima do bispo no governo da Igreja só existe uma autoridade: o Papa. A CNBB não é um organismo para interferir nas dioceses, dar normas aos bispos ou repreendê-los”.
“O papel da Conferência é articular os bispos para facilitar o diálogo, a convivência e o exercício da nossa corresponsabilidade diante dos grandes desafios vividos pela Igreja e pela sociedade da qual a Igreja também deve se ocupar”, disse.
lunes, 18 de octubre de 2010
jueves, 14 de octubre de 2010
miércoles, 13 de octubre de 2010
Deus tem mil formas de mostrar que existe, afirma Papa
O Pontífice chegou a esta conclusão ao apresentar, na catequese, a figura da Beata Angela de Foligno, mística italiana que viveu entre 1248-1309, da Ordem Terceira Franciscana.
Começou então um rico e tortuoso caminho espiritual. Em primeiro lugar, explicou Bento XVI, ela não tinha a sensação de ser amada por Deus, senão que sentia "vergonha".
Angela, explicou, "sente o dever de ter de dar algo a Deus para reparar seus pecados, mas lentamente compreende que não tem nada para dar-lhe; pelo contrário, é 'nada' diante d'Ele; compreende que não será sua vontade que dará amor a Deus, porque esta só pode dar-lhe seu 'nada', o 'não amor'".
Acompanha-a "o pensamento do inferno, porque quanto mais a alma progride no caminho da perfeição cristã, mais se convencerá não somente de ser 'indigna', mas de merecer o inferno".
O Crucificado que salva da indignidade
"Em seu caminho místico, Angela compreende de maneira profunda a realidade central: o que a salvará da sua 'indignidade' e de 'merecer o inferno' não será sua 'união com Deus' e seu possuir a 'verdade', mas Jesus crucificado, 'sua crucifixão por mim', seu amor."
A conversão de Angela, inciada com a confissão de 1285, chegará à maturidade somente quando o perdão de Deus aparecer à sua alma como o dom gratuito de amor do Pai, fonte de amor, reconheceu o Papa.
À luz da vida desta mística, o Papa concluiu deixando uma lição para nossos dias: "Hoje estamos todos em perigo de viver como se Deus não existisse: Ele parece muito longe da vida atual. Mas Deus tem mil maneiras - para cada um a sua - de fazer-se presente na alma, de mostrar que existe, que me conhece e ama. E a Beata Angela quer nos deixar atentos a estes sinais com os quais o Senhor nos toca a alma, atentos à presença de Deus, para aprender, assim, o caminho com Deus e rumo a Deus, na comunhão com Cristo Crucificado. Oremos ao Senhor para que nos torne atentos aos sinais da sua presença, que nos ensine a viver realmente".
viernes, 8 de octubre de 2010
Semana pela Vida: a vida é bela!
O início de outubro nos traz boas motivações adicionais para manifestarmos nossa posição em defesa da vida, ameaçada de diversas formas, inclusive a vida humana. Estamos no início da primavera, uma explosão de vida, de cores e beleza. O papa Bento XVI, na encíclica Caritas in Veritate, nos adverte sobre a importância de preservar a vida e o meio ambiente no planeta Terra, nossa casa comum (cf. n. 48-50). Cuidar bem da natureza e da nossa casa comum é questão de justiça e solidariedade para com os demais seres que povoam este belo e abençoado paraíso da vida, talvez único no universo; é questão também de justiça e solidariedade para com as futuras gerações, para as quais não deveremos deixar em herança um mundo estragado e sem condições boas de abrigar a vida.
A Igreja também recorda, no dia 4 de outubro, São Francisco de Assis, poeta e cantor da natureza; ele, santo e alma pura, não se deixou corromper pela ganância e o egoísmo, que matam a vida; por isso podia dizer “mãe terra” e reconhecer em cada criatura um irmão e uma irmã; ele se reconhecia como filho querido do Pai muito amado, que fez boas todas as coisas e as abençoou. Por essa mesma razão, também o Papa Bento XVI nos diz na encíclica citada acima que a questão ecológica não deve ser o sonho de alguns ativistas e sonhadores, mas um assunto que envolve nossa fé em Deus Criador e nossos deveres morais. Respeitar e defender a vida é prestar homenagem ao Deus da vida. O contrário seria ofensa ao Criador e pecado contra os irmãos.
A semana de defesa da vida, porém, tem um significado específico para nós: Manifestamos nosso grito de alerta diante dos desprezos, ameaças e agressões contra a vida humana e, assim, queremos desenvolver mais e mais uma cultura favorável à vida humana. De muitas formas a vida humana é desrespeitada e ameaçada: pela miséria, que não permite viver dignamente; pelos vícios, que estragam a saúde e roubam a vida prematuramente; pela violência difusa, de tantas formas, onde muitas pessoas perdem a vida de maneira trágica; pelo aborto, que ceifa um número assombroso de vidas inocentes e indefesas. Não podemos ficar indiferentes diante da cultura da morte, que faz, inclusive, negócios muito rentáveis com o comércio de morte! Lembramos a advertência do Papa Bento XVI, na Fazenda da Esperança, no dia 12 de maio de 2007, contra os que tiram lucros vultosos do comércio da droga: deverão dar contas a Deus pelas vidas que fizeram perder em decorrência desse comércio de morte!
Muito grave é a questão do aborto provocado. Há projetos de lei para legalizar esta prática, até mesmo para que possa ser realizada com dinheiro público! Há mesmo quem argumente que isso é um “direito humano”. Tirar a vida de seres humanos inocentes e indefesos seria um direito humano?! Fala-se em “despenalização”, ou “descriminalização” do aborto, ou em “interrupção da gravidez”, ou “parto antecipado”. São formas de linguagem que escondem a realidade, mas o objetivo e a dura realidade é a mesma: A supressão da vida de um ser humano inocente e indefeso. A interrupção da gravidez, ou o parto feito antes de certo tempo de gestação levam inevitavelmente à morte do feto, ou bebê. Espalhou-se o uso da pílula do dia seguinte (“método contraceptivo de emergência”), que também pode ser abortiva se já houve fecundação após uma relação sexual.
Há quem argumente pelo direito que as mulheres teriam para decidir sobre seu corpo; tratando-se de uma gravidez, há nisso um equívoco primário, pois o feto ou bebê que a mulher traz no seu útero não é parte do seu corpo, mas é um outro corpo, diverso do dela; melhor dito, é um outro ser humano, diverso dela; a natureza da mulher recebeu de Deus a bela e gratificante missão de acolher a vida, de dar-lhe condições para nascer, de amparar e proteger esta vida frágil. Evidentemente, se somos contrários ao aborto, não significa isso que queremos a todo custo o castigo das mulheres que, por alguma razão, o praticam. Mas como proteger a vida nascente, se o aborto fosse legalizado? A defesa da vida, além disso, também requer a cobrança das autoridades para que o Estatuto do Nascituro seja aprovado quanto antes e que seja usado o rigor da lei contra as clínicas clandestinas (ou pouco clandestinas), que exploram o comércio do aborto, para tirar lucros.
Além disso, a defesa da vida nascente também requer, de nossa parte, o amparo e a solidariedade para com a mulher que gera um filho, ou tem uma gravidez problemática, ou até indesejada. A medicina, a psicologia e a assistência social podem fazer muito por ela, sem precisar fazer o aborto; as organizações da Igreja podem estar ao lado dela para ajudá-la. A semana pela defesa da vida deveria ainda ser marcada por homenagens às mulheres grávidas, ou que têm filhos pequenos; elas prestam um grande serviço à humanidade! Em nossas igrejas poderiam ser realizadas celebrações especiais para elas, inclusive previstas no ritual de bênçãos.
Dia 8 de outubro, por iniciativa da CNBB, é o Dia do Nascituro em todo o Brasil. Seja um dia para dizer: Bem-vindos à vida! Felizes são as mães de vocês! Sejam abençoados e abençoadas por Deus!
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Liturgia do Voto: fé na democracia
O brasileiro foi às urnas no território nacional e fora dele, maciçamente, após uma campanha tensa e que baixou muito o nível nos últimos momentos. É por isso e mais que nada que o segundo turno é algo positivo.
Positivo para quem? Podemos e devemos perguntar sem medo. Certamente alguns intransigentes de plantão discordarão. Prefeririam a vitória da candidata petista já no primeiro turno. Fim das agonias, das expectativas, vitória líquida, certa. Mas trata-se apenas da certeza da continuidade da política do presidente Lula, ou de crescer na democracia na qual ainda engatinhamos como nação?
Creio que, se é importante o primeiro ponto, o segundo não fica atrás. Certamente o Brasil fez um gesto simbólico colocando um operário na cadeira de presidente da República. Isso marcou nossa história para sempre. Nunca mais o país será o mesmo depois disso. Acresce o fato de a política econômica do operário-presidente ter surpreendido todos, a direita, a esquerda e o centro. E como se não bastasse, o país dos vira-latas com complexo de inferioridade, pedindo desculpas por existir, foi guindado à convivência com grandes potências, sendo a palavra de seu presidente respeitada e a nação olhada como uma das mais promissoras para o futuro da humanidade.
Quanto a este ponto, mesmo os que não gostam de Lula, que discordam de seu governo em um ou vários pontos, devem concordar. Hoje Brasil é palavra respeitada onde quer que se vá. Olham para nós com respeito e admiração. Esperam de nós sinalizações de futuro e liderança como nunca aconteceu.
Porém, uma vitória no primeiro turno para Dilma Rousseff não faria bem ao Brasil novo que hoje somos. Seria fácil demais, rápido demais. Fará bem a todos e a todas que acreditamos na democracia, no voto livre como expressão da vontade da maioria, ir outra vez às urnas e depurar nosso exercício cívico e democrático.
Para isso a entrada de Marina Silva no cenário eleitoral foi tão fundamental. Figura de alto coturno ético, comprometida com as lutas mais nobres de nosso país, da pobreza à ecologia, entrou na disputa com ínfima percentagem, menos de 10%. Mas cresceu, cresceu e encerrou a eleição com quase 20%. Porém, mais importante que tudo, introduziu um "terceiro" na equação da campanha que lhe deu mais qualidade, mais vibração e mais seriedade na disputa.
A medida do crescimento de Marina foi a medida pela qual a campanha se dinamizou, se abriu e não ficou restrita às brigas feias e de baixo nível dos dois candidatos que agora vão ao segundo turno. A frágil magreza do norte da candidata que é a cara do Brasil fez a diferença e levou a eleição ao segundo turno.
Ganhou a democracia, ganhou o povo brasileiro, que terá a oportunidade de pensar mais detida e profundamente sua escolha agora decisiva. Ganhamos todos os que apoiamos Marina. Saímos do primeiro turno dessa eleição orgulhosos de nossa candidata e esperançosos de vê-la em Brasília em outra futura eleição, oxalá não tão longínqua.
Há liturgias sagradas, onde o ser humano cultua a divindade em que crê através de gestos, símbolos, cantos e expressões corporais. E há liturgias seculares, nas quais o ser humano expressa suas atitudes cívicas, suas utopias, suas esperanças intra-históricas. A eleição é uma delas. Ao marcar na urna o número do candidato que escolhemos, estamos realizando e fazendo acontecer o ritual que, esperamos, dará o rumo que desejamos à história e criará fatos políticos compatíveis com nossas crenças e esperanças.
Ao participar da imensa liturgia de 200 milhões de cidadãos neste domingo, introduzindo na urna nosso voto, reafirmamos uma vez mais nossa fé na democracia. O resultado que leva ao segundo turno reafirma e confirma essa fé. Uma vez mais, aqui vamos nós. É preciso celebrar a liberdade e participar, para que esse país cumpra seu destino histórico e ocupe seu lugar no mapa do mundo. Que venha o segundo turno!
* Teóloga, professora e decana do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC-Rio
Que é um rito?
O termo “rito” não é uma inovação da cristandade, mas foi retomado pela Igreja e tem sido utilizado com toda sua riqueza e ambiguidade.
Rito e liturgia
O termo “rito” sempre teve um sentido religioso ligado à esfera litúrgica que permanece até nossos dias. Já a Vulgata fazia deste termo um sinônimo de cerimônia, de prescrições e de costumes ligados à liturgia.
Com o “rito”, a Igreja indicava no início a praxis de uma certa liturgia, como rito da aspersão da água ou o rito de acrescentar a água no vinho, na Santa Missa. Depois começa a indicar uma cerimônia de culto, quer dizer, toda a função litúrgica, como o rito do batismo e o rito da missa, por exemplo: ou inclusive indicava-se com o termo “rito” o próprio conjunto da liturgia, como o rito romano, ou o rito ambrosiamo em Milão [1].
Rito entre lei e disciplina
A finais do século XII, com Celestino III (1191- 1198), o termo “rito” foi usado para indicar o conjunto de leis ou de costumes que se devem respeitar e observar atentamente. Celestino III, de fato, aos bispos gregos que tentavam impor a observância de seus ritos e costumes ao clero latino, ele impedia de mesclar os diversos ritos.
Em seguida, o rito começou a indicar toda a comunidade que observa estas leis, disciplina e liturgia. Aparece, portanto, o sentido de “igreja particular”.
Rito e igreja particular
Desde o século XVII, começa-se a falar do rito Latino, do rito Armênio e do rito Grego. Aparece, portanto, este novo significado do termo “rito”, como igreja particular. A primeira codificação oriental seguia usando o termo “rito” em seus diversos significados, seguindo o código de 1917. Por exemplo, o Motu Proprio Cleri Sanctitati [2], de Pio XII, no can. 200, utiliza o termo “rito” no sentido de cerimônia litúrgica. O Motu Proprio Crebrae Allatae [3], em contrapartida, no can. 86 § 1. 2°, com o termo “rito” indica os fiéis que pertencem a uma igreja particular.
Do Vaticano II ao Código dos Cânones das Igrejas Orientais
O Concílio utiliza o termo “rito” de duas formas diferentes – ou para dizer melhor – de duas formas complementares [4]. Na primeira, o Concílio Vaticano II abre uma nova dimensão ao termo “rito”, dando-lhe uma nova definição. Na segunda forma, o Concílio utiliza o termo “rito” com o significado já recebido no passado.
Por uma parte, o decreto conciliar Orientalium Ecclesiarum [5], que é um decreto sobre as Igrejas Orientais, no número 3, dá uma definição bem precisa do termo “rito”: “Tais igrejas particulares, tanto do Oriente como do Ocidente, embora difiram parcialmente entre si em virtude dos ritos, isto é, pela liturgia, disciplina eclesiástica e património espiritual, são, todavia, de igual modo confiadas o governo pastoral do Pontífice Romano, que por instituição divina sucede ao bem-aventurado Pedro no primado sobre a Igreja universal” [6]. Observa-se, portanto, que com o termo “rito” indica-se o conjunto do patrimônio litúrgico, disciplinar e espiritual de uma igreja particular. Definindo assim o termo “rito”, o Concílio prolonga seu sentido recebido já desde o passado e lhe atribui um sentido canônico.
O Concílio Vaticano II segue utilizando o termo “rito” indicando também o conjunto dos atos litúrgicos ou a própria função, por exemplo, no número 71 de SC [7] utiliza a expressão “rito da Confirmação”; no número 19 de PO [8], “rito da Ordenação”, etc.
Por outro lado, o Concílio Vaticano II utiliza o termo “rito” como sinônimo de “igreja particular”. De fato, o decreto conciliar Orientalium Ecclesiarum, nos números 2, 3, 4 e também no título do parágrafo utiliza esta expressão: “As Igrejas Particulares ou os Ritos”. Para o Concílio Vaticano II, portanto, o termo “rito” é uma expressão com a qual se entende também a “igreja particular”.
Em seguida, o Codex Iuris Canonici [9] de 1983 simplifica a terminologia, dando um só e único sentido ao termo “igreja particular”. Como igreja particular, no Codex Iuris Canonici se entende só a diocese. Enquanto que com o termo “rito”, entendem-se as celebrações litúrgicas, como se afirma no can. 2.
Para as Igrejas orientais que estão em comunhão com Roma, o Codex Iuris Canonici, em diversos cânones, usa o termo “iglesia ritual sui iuris”. Observa-se também que o Codex Iuris Canonici segue utilizando o termo “rito” para indicar uma igreja oriental.
O Código dos Cânones das Igrejas Orientais, no can. 28 § 1, dá uma definição muito precisa da noção de “rito”: O rito é o patrimônio litúrgico, teológico, espiritual e disciplinar, diferente por cultura e circunstâncias históricas dos povos, que se expressa no modo de viver a fé que é próprio de cada Igreja sui iuris.
Observa-se deste cânon que o rito converte-se no patrimônio de um grupo. Este patrimônio não é comum, portanto, a todas as Igrejas orientais: cada uma tem o seu. O rito é um patrimônio que tem quatro elementos essenciais: litúrgico e teológico, espiritual e disciplinar. Este é depósito e totalidade de uma comunidade religiosa em seu conjunto.
A noção de “rito”, desta forma, recebe uma riqueza e clareza pela primeira vez na história da Igreja. Converte-se na maneira em que um povo vive sua própria fé.
O Codex Canonum Ecclesiarum Orientalium não fica sozinho em definir a noção de “rito”, ao contrário, para evitar qualquer ambiguidade, estabelece seu nascimento e origem:
28 § 2. Os ritos dos que se trata no Código são, a menos que não conste o contrário, os que têm origem nas tradições Alexandrina, Antioquena, Armênia, Caldeia e Constantinopolitana.
Cinco são as tradições, as matrizes, de todos os ritos. A tradição é a origem do rito. A própria tradições, inclusive, poderia ser a origem de vários ritos diferentes.
Concluindo, observa-se que no Codex Canonum Ecclesiarum Orientalium a noção de “rito” toma o sentido de patrimônio e com ela se expressa a maneira de um grupo viver sua própria fé em sua totalidade litúrgica, espiritual, cultural e disciplinar.
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1) Cfr. E. EID, Rite, Église de Droit Propre e Juridiction, en L’année canonique, 40 (1998), 7.
2) AAS, 49 (1957) 433- 600.
3) AAS, 41 (1949) 89- 117.
4) Cfr. E. EID, Rite, Église de Droit Propre e Juridiction, 9.
5) CONCILIUM OECUMENICUM VATICANUM II, Decretum de Ecclesiis Orientalibus Catholicis, Orientalium Ecclesiarum, (21.XII. 1964), in AAS, 57 (1965), 76- 89.
6) OE 3.
7) CONCILIUM OECUMENICUM VATICANUM II, Constitutio de Sacra Liturgia, Sacrosanctum Concilium, (4. XII. 1963), in AAS, 56 (1964) 97- 138.
8) CONCILIUM OECUMENICUM VATICANUM II, Decretum de Presbyterorum Ministerio et Vita, Presbyterorum Ordinis, (7. XII. 1965), in AAS, 58 (1966) 991- 1204.
9) I. PAULI II PP., Codex Iuris Canonici, in AAS, 75 (1983), pars II, 1– 317.