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lunes, 23 de agosto de 2010

Rezar é aprender a desejar, afirma mensagem pontifícia

"Aprender a rezar é aprender a desejar e, dessa forma, aprender a viver": este é o conselho dado por Bento XVI na mensagem enviada, por meio do seu secretário de Estado, ao Meeting pela amizade entre os povos, inaugurado na cidade italiana de Rimini.

A missiva ao multitudinário encontro convocado pelo movimento Comunhão e Libertação, que reúne durante a semana mais de meio milhão de pessoas, comenta o tema escolhido para esta 31ª edição: "Essa natureza que nos leva a desejar coisas grandes no coração". "Recorda-nos que no fundo da natureza de todo homem - comenta a mensagem pontifícia, lida neste domingo durante a Missa inaugural - se encontra a irreprimível inquietude que o leva a buscar algo que possa satisfazer seu anelo."

"Todo homem intui que precisamente na realização dos desejos mais profundos do seu coração pode encontrar a possibilidade de realizar-se, de encontrar seu cumprimento, de converter-se verdadeiramente em si próprio", acrescenta o texto.

"O homem sabe que não pode responder por si só às suas próprias necessidades. Por mais que acredite ser autossuficiente, experimenta que não é suficiente para ele mesmo. Tem necessidade de abrir-se ao outro, a algo ou a alguém que possa dar-lhe o que lhe falta. Em outras palavras, deve sair de si mesmo rumo àquilo que possa saciar a amplidão do seu desejo", acrescenta.

Pois bem, afirma a mensagem, "o homem se vê tentado frequentemente pelas coisas pequenas, que oferecem uma satisfação e um prazer 'baratos', que satisfazem por um momento e são tão fáceis de alcançar quanto ilusórias, em última instância".

No entanto, "só Deus basta. Só Ele sacia a fome profunda do homem. Quem encontrou Deus, encontrou tudo. As coisas finitas podem oferecer faíscas de satisfação ou de alegria, mas só o infinito pode preencher o coração humano", afirma, citando Santo Agostinho de Hipona: "Nosso coração estará inquieto enquanto não descansar em ti".

"No fundo - sublinha -, o homem só precisa de uma coisa que abrange tudo, mas antes deve aprender a reconhecer, inclusive por meio dos seus desejos e anelos superficiais, aquilo de que precisa verdadeiramente, isto é, o que realmente quer, o que é capaz de satisfazer a capacidade do seu coração."

O desejo de "coisas grandes" deve se transformar em oração", assegura o Pontífice, "expressão do desejo" de Deus frente ao qual "Deus responde abrindo nosso coração a Ele".

"Temos de purificar nossos desejos e esperanças para poder acolher a doçura de Deus." "Rezar diante de Deus é um caminho, uma escada: é um processo de purificação dos nossos pensamentos, dos nossos desejos. Podemos pedir tudo a Deus. Tudo o que é bom. A bondade e a potência de Deus não têm um limite entre coisas grandes e pequenas, materiais e espirituais, terrenas e celestiais."

"No diálogo com Ele, colocando nossas vidas diante dos seus olhos, aprendemos a desejar as coisas boas, em definitivo, o próprio Deus", afirma.

A mensagem conclui recordando que há cinco anos faleceu o sacerdote italiano Luigi Giussani (1922 - 2005), fundador de Comunhão e Libertação e amigo pessoal de Joseph Ratzinger, que o apresenta como mestre de jovens na hora de despertar neles o amor a Cristo.

Fonte: ZENIT

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